17 de ago. de 2010


Escolho meus amigos não pela pele ou outra característica qualquer.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco. Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto não sabe sofrer junto.

Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.

Não quero amigos adultos nem chatos.

Quero-os metade infância e outra metade velhice!

Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.

Um comentário:

  1. Olá, Beth,

    Achei você no "Caetanossauro" e como acabei de postar um texto que fiz em homenagem ao Caetano, estou lhe convidando para passar lá para ver.

    Outra coisa: vocês não atualizaram mais o Caetanossauro, gostei tanto da ideia. Eu também tenho umas fotos bem antigas, inclusive de uma daquelas viagens da Walburgues a Barra Bonita.

    Abraço grande

    Araceli

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